Os futuros de dezembro tanto para Brent quanto para WTI continuam a ser negociados abaixo de US$ 90 por barril. Vários fatores são os culpados e todos eles estão relacionados à atual desaceleração econômica global. Além disso, os bancos centrais mundiais estão competindo para ver quem pode aumentar as taxas mais rapidamente, enquanto a demanda está diminuindo muito rapidamente. O crescimento recorde nos estoques de petróleo nos EUA também impede qualquer possível aumento de preço. Para tratar disso, os membros da OPEP estão realizando uma reunião em 5 de outubro. Eles provavelmente discutirão a questão de cortar a produção em 1 milhão de barris por dia, o que, se aprovado, fará com que todos percebam que uma recessão pode vir muito mais cedo do que o esperado.

Em termos de dólar, o ambiente atual provocará alta volatilidade, o que manterá a estabilidade da moeda. Qualquer declínio será mais uma correção do que um desenvolvimento de uma nova tendência.

EUR/USD

A inflação na área do Euro atingiu um recorde. Alguns países disseram que a deles excedeu 20%, enquanto a Alemanha informou que a deles se aproximou dos 11%. Considerando que as medidas de suporte para a economia estão sendo completadas e que a crise energética está ganhando força, há todos os motivos para acreditar que o nível atual será atualizado várias vezes durante os meses de inverno.

Em termos de posicionamento, posições longas líquidas do euro ligeiramente corrigidas, o que é surpreendente dada a alta inflação, a crise do gás e as tensões geopolíticas na região.

Mesmo assim, a demanda continua forte e é provável que o recente declínio abaixo da paridade seja apenas de curto prazo. Isto significa que uma correção não é longa, e um impulso de alta pode se desenvolver em meio a qualquer notícia positiva da Europa.

O preço do acordo está acima da média de longo prazo.

O euro está em um canal estável e não há motivo para esperar uma inversão. Mas se uma correção se desenvolver, então 0,9863 será o alvo mais próximo, e subir acima dele abrirá o caminho para a fronteira do canal a 0,9960/80. Há poucas chances de atingir a baixa, mas o crescimento também será limitado.

GBP/USD

Os mercados britânicos foram altamente voláteis na semana passada devido ao plano do governo de cortar impostos para compensar as contas de eletricidade das residências. A libra bateu um novo recorde de baixa, enquanto os rendimentos dos títulos subiram. O Banco da Inglaterra também foi forçado a intervir no mercado de ações para evitar uma crise de liquidez entre os fundos de pensão locais. Há uma pressão crescente sobre o governo para ajustar seus planos fiscais, mas até agora não há sinais de uma mudança na política.

No lado positivo, os últimos dados econômicos parecem muito decentes, pois a estimativa final do PIB para o 2º trimestre foi elevada para 4,4% ao ano. O índice de preços da habitação diminuiu de 10% para 9,5% ao ano, enquanto o número de aplicações para hipotecas excedeu significativamente a previsão. Os empréstimos ao consumidor não diminuíram.

Em termos de posicionamento, as posições líquidas curtas em libras diminuíram ligeiramente, e parece que as vendas na moeda estão prestes a parar. O preço de liquidação está bem acima da média de longo prazo, o que indica que a queda da semana passada não é suportada pelas mudanças no mercado futuro. Há uma grande chance de uma reversão.

O mais provável é que a libra esterlina seja comercializada em torno de 1,0345 por algum tempo, e depois vá para um rebote. As metas mais próximas são o nível de retração de 23,6% a 1,1264 e o limite superior do canal a 1,1670/1720. Há poucas chances de um declínio abaixo de 1,0345, mas se isso acontecer, a pressão de compra irá aumentar, o que continuará a correção.